segunda-feira, 11 de abril de 2011

ModaCamp traz debate sobre a moda brasileira

Qual o futuro da moda? Qual a importância da moda brasileira? Quem faz moda hoje? E-commerce, loja virtual? Blog ou revista de moda? Questões como essas serão discutidas no ModaCamp.net
O evento, inédito, organizado pelo Istituto Europeo di Design (IED) de São Paulo, nos dias 14 e 15 de abril de 2011, das 15h às 20 horas, reúne os melhores profissionais do mundo fashion como o estilista Mario Queiroz, as jornalistas Eliana Sanches (Modaspot),  Susana Barbosa (Elle), Carla Raimondi (Estilo), Adriana Yoshida (Capricho), Bia Perotti, Laura Artigas, Patrícia Saito (Para tudo), as blogueiras Ceci Lima (Closenonline), Carla Palmieri (Closetonline), Carolina Coroa, Helô Gomes (Sanduíche de Algodão), Renata Ruiz (Moda para Usar) , e Lelê Saddi (Blog da Lelê Saddi – Glamurama), as personal stylists  Cristina Zanetti e Fernanda Resende (Oficina de Estilo/UOL), o designer Ricardo O’Nascimento , a especialista em mídias sociais Karina Kotake, a relações públicas Carolina Althaller, entre outros.
Os participantes terão 15 minutos – cada um – para apresentar um tema sobre moda. Ao final de ambos os dias haverá uma mesa redonda onde será discutido o tema: ““Que moda a internet favorece?” a partir de quatro tópicos 1) A comunicação no mundo da moda  , 2) Moda e Business, 3) Os avanços da tecnologia têxtil ,  4) Tendências.
O evento é aberto ao publico e a entrada é gratuita.
Conversamos com o diretor de marketing do grupo IED, o italiano Guido Racinelli, sobre a moda brasileira e a influência da internet. Para ele, a web dita e propaga o que é moda. Acompanhe:
O tema do ModaCamp é ‘que moda a internet favorece’. Como você avalia a influência que blogs de estilo pessoal, ou ainda aqueles aclamados de streetstyle, têm sobre a formação de uma cultura de moda (no Brasil, e no mundo)?
Internet é um mundo fértil, cheio de burburinho, boca a boca, e principalmente um canal estratégico para atividades virais e é claro os blogs fazem parte disso tudo reunindo todos esses itens.
O Modacamp aposta no tema da internet para poder entender melhor a moda – com blogueiros e empresas que hoje exercem e ditam tendências principalmente nos últimos anos e não só isso, determinam o que é ou não é moda.
As empresas, por exemplo, com consumidores mais atentos e mais informados, se modernizam e seguem esses canais que formam a rede.
O Brasil é um País onde a internet cresce a cada ano. Os usuários aumentam dia a dia sobretudo conectados em redes sociais e chats. Com o streetstyle (que vem de baixo e usa a internet para a difusão de seus conceitos) contribuem na formação de uma nova cultura contemporânea da moda.
Assim o Modacamp 2011 quer juntamente com nossas 21 personalidades – blogueiros, estilistas, profissionais de moda e empresas oferecer novas ideias para a moda brasileira.
Que papel eles tiveram nos anos recentes de formar consumidoras, e formadoras de opinião, aqui no Brasil?
No Brasil, a utilização da Internet em relação a população desde 2007, cresce 10% a cada ano e hoje, mais de 70 milhões de brasileiros estão conectados ao mundo através de uma tela de computador. 70 milhões de brasileiros são influenciados pelo que leem nessa tela.
A comunicação está se tornando cada vez mais pessoal, segmentando o tipo de público. Os consumidores têm se tornado cada vez mais ativos e assim estão mudando o modo como as marcas concebem seus produtos e serviços.
Os blogs mexeram ainda com a indústria? A indústria teve que se pautar pelos blogs, ou eles que são pautados pelo que é produzido pela indústria?

Sim. Com certeza a internet é usada pelas empresas para divulgar mensagens e tendências pilotadas.  A internet que se baseia em uma filosofia anti censura ajuda a divulgar e influenciar o que os blogueiros e as empresas determinam como informação.
Acho que as empresas tiveram que assumir uma postura diferente, politicamente correta, como por exemplo, materiais que não poluem, uso de corantes e tintas não tóxicas, produtos de interesse social, ecológicos, etc. Isso faz com que essas empresas sejam premiadas através de mensagens positivas dos blogueiros.
As blogueiras de hoje são tão poderosas quanto as editoras de moda?
Blogueiros e editoras de moda usam canais diferentes para se comunicarem com seus “leitores”. A velocidade da internet ajuda na divulgação imediata de ideias, de modo direto com um publico que aceita receber de modo contínuo novas informações – ou seja um público multimídia.
Acho difícil dizer quem tem mais ou menos poder. E esse poder pode ser medido em cópias e internautas.
A internet ajuda na democratização da moda?
Não só na moda… Não é por acaso que a internet foi candidata ao Nobel da paz de 2010.
A moda é auto-referencial e a internet é um canal que ajuda na distribuição democrática da informação, em compartilhar experiências de pessoas que conhecem a moda e podem difundir o que sabem dando a oportunidade ao todos de conhecerem novas tendências, etc.

O e-commerce ajuda ou atrapalha as empresas?
Em 2009 foram contabilizados 8 milhões de consumidores online, o setor da moda arrecadou mais de 300 milhões de euros com um crescimento estimado nos próximos 5 anos de 351% (Fonte Internet World Stats, 2009 // ebay.co.uk )
Os motivos do crescimento são muitos, entre eles o feedback positivo dos consumidores, a saturação dos canais off line, a crise econômica mundial, o amadurecimento do mercado on line e a globalização da demanda.
E depois o e-commerce é facil, rápido e seguro. Por que perder tempo com filas, pagamentos em dinheiro, trocadores… principalmente em um grande País como o Brasil… Por que não trazer a loja para dentro de casa? É uma economia de tempo.

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